sexta-feira, 20 de setembro de 2013

Empresa “laranja” da BBOM tem R$ 8,6 milhões bloqueados

Além do bloqueio, recurso para derrubar liminar que congelou cerca de R$ 300 milhões do grupo é negado pelo TRF-1
Duas recentes decisões judiciais no caso BBOM representam uma esperança a mais para os consumidores reaverem, no futuro, os valores investidos. O Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF-1) negou provimento ao pedido de liminar no agravo de instrumento interposto pelo grupo para suspender os efeitos da liminar da Justiça Federal em Goiás que levou ao bloqueio de cerca de R$ 300 milhões em julho deste ano. A outra decisão é o deferimento, em parte, de pedido de liminar do Ministério Público Federal (MPF), pelo juiz Federal Juliano Taveira Bernardes, para o bloqueio de cerca de R$ 8,6 milhões de uma empresa “laranja” ligada ao esquema de pirâmide.
De acordo com as investigações dos procuradores da República Mariane Guimarães e Helio Telho, uma empresa criada pela diretora Administrativa da Embrasystem (conhecida como BBOM), Aline Rizato Riguetti, com o nome de Webcard Administradora de Cartões Ltda., teria transferido a referida quantia para outra empresa lícita (Vale Presente S.A.), que emitiria, processaria e administraria os pré-pagos “Cartões BBOM”. Os cartões seriam supostamente destinados aos associados da BBOM para pagamento dos rendimentos obtidos.
O valor bloqueado foi depositado em conta judicial e soma-se aos outros bens congelados judicialmente, que serão executados futuramente para ressarcir os investidores. As tentativas do grupo para frustrar o cerco da justiça não se limitam ao uso de empresas “laranjas”.
No mês passado, por exemplo, a Embrasystem tentou “sacar” parte do dinheiro bloqueado. Para tanto, Cristina Dutra Bispo, esposa do diretor de marketing do grupo, Ednaldo Alves Bispo, foi usada como laranja. A operação só não foi realizada porque o MPF/GO conseguiu, por meio de ação cautelar incidental, impedir a fraude. Já no começo deste mês, em São Paulo, a Justiça determinou a busca e apreensão de 45 carros de luxo de propriedade da empresa e de outros quatro automóveis registrados em nome de João Francisco de Paulo, o sócio-proprietário da Embrasystem.

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